O Museu Imperial, em Petrópolis, Região Serrana do Rio, entrará para a era digital nesta quinta-feira (5). O local que guarda a coroa imperial de d. Pedro II e a pena usada pela princesa d. Isabel para assinar a Lei Áurea, entre muitos artigos do tempo do império, poderá ser acessado de qualquer parte do mundo através do site do projeto Era Virtual Museus. O museu é um dos mais visitados do Brasil, atraindo 340 mil pessoas por ano. O acervo histórico, artístico e paisagístico poderá ser acessado todos os dias, 24 horas.

Todo o trabalho do Museu Imperial será divulgado em 360° pelo projeto que disponibiliza, desde 2010, um site com visitas imersivas a instituições museais. Os visitantes vão sentir como se caminhassem dentro do espaço. “Quando entra no site, o internauta tem a mesma experiência imersiva que o jogador de vídeo game. Através de setas, ele poderá caminhar por salas e ter informações detalhadas dos objetos e arquitetura. O internauta terá o auxílio de um áudio guia e mapa”, explica Carla Sandim, coordenadora do projeto Era Virtual Museus.

De acordo com historiador Maurício Vicente Ferreira Jr., diretor do Museu Imperial, a introdução do recurso é fundamental para a difusão do acervo. “A introdução de novos recursos tecnológicos aproxima, ainda mais, acervo e público do Museu Imperial”, pontua ele, acrescentando que a busca pela universalização do acesso ao acervo histórico e artístico preservado no antigo Palácio Imperial de Petrópolis tem sido intensificada desde 2010.

Mas o diretor ressalta que a visitação real permanece fundamental. “A visita virtual nunca irá substituir a experiência da visita física, mas pode e deve constituir-se como um rico instrumento para o aprofundamento de conteúdo, e para (re)visitar a experiência vivida”, diz o diretor da instituição. “Os museus tem um papel fundamental na consciência de um povo”, destaca Carla Sandim. No Brasil, dos 5.564 municípios brasileiros, 4.390 (78,9%) não possuem museus.